Texto Base: Ex 1.1-7
Pregador: Pr Luciano R. Peterlevitz
Data: 04/09/2011
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ESBOÇO DA MENSAGEM
O livro do Êxodo como êxodo ““ A libertação como Êxodo
O livro do Êxodo relata uma triste realidade: os hebreus sendo oprimidos. Mas o livro também descreve o poder de Deus em libertá-los.
Êxodo significa “saída”. Mas, no hebraico, o livro chama-se Nomes (1.1). Êxodo: ressalta o processo de libertação. Nomes: ressalta as identidades.
O livro do Êxodo como êxodo ““ A libertação como Êxodo
Êxodo. É a “˜saída”™ da terra da escravidão (Êx 1-15), a passagem pelo monte Sinai (Êx 19-40) em direção í terra da promessa. Êxodo é o início da libertação. Mas a efetivação da libertação é a entrada na terra prometida: Ex 3.8 / Js 4.22-24; 5.1-12.
O Êxodo/páscoa: um jantar entre familiares; uma noite memorável. Veja Êx 12.
O êxodo é o rio de água viva que rega a história de Israel e da comunidade de Jesus. Tomar água no balde. Água acaba. Tomar água na fonte. Água inextinguível. Assim é a teologia do êxodo: uma fonte inesgotável.
Os profetas viveram a memória do êxodo: Os (11.1); Is 40-55.
A experiência exodal se renova a cada dia: Sl 114.
Páscoa: Jesus como Cordeiro pascal. Observar a linguagem pascal no NT: 1Co 5.7; Jo 1.29. O “cântico de Moisés”: Ap 15.3-4.
Êxodo/Páscoa. Evoca esperança. Celebrada até hoje pelos judeus, povo que venceu as perseguições e o holocausto.
O livro do Êxodo como nomes ““ A identidade dos libertos
Nomes evocam rosto, gente. Êxodo evoca o sonho da libertação. A triste história atual: gente sem rosto, sem nomes.
Ora, é sabido que os nomes valem muito. Casos há em que valem tudo.
De um ou de outro modo, a influência dos nomes é certa.
(Machado de Assis ““ A Semana – 10 de janeiro de 1897).
No êxodo, pessoas tem Nomes: 1.1-5. Mesmo aquelas que não são mencionadas aqui em 1.1-5, tem nomes: Léia, Raquel, Bila e Zilpa (confira Gn 35.23-26). A sequência dos nomes nesses primeiros versos de Êxodo homenageia as mães, mesmo sem mencioná-las.
Conquistar é tirar nomes, é desconfigurar as identidades. Mas êxodo são nomes, pessoas: Sifrá e Puá, “Moisés”, tirado das águas, Gérson, Miriã, Jetro. Em contrapartida, o faraó opressor não tem nome.
O nome evoca identidade e particularidade. Como seria o mundo se não existissem nomes?
Abrão ““ Abraão. Jacó ““ Israel (“filhos de Israel” descendem do homem que teve a identidade mudada por Deus!). Sarai ““ Sara.
Deus chama pelo nome: Êx 3.4. Cria uma identidade libertária.
Mas há também um Nome: o nome do Senhor, o Deus libertador (Êx 3.13-14). “Eu Sou o que Sou”, ou “Aconteço como o que Acontece”, ou “Eu Sou o Deus que faz Acontecer”. É o “Deus do pai” (3.6), “dos pais” (3.15). Ele é o “Deus Todo-Poderoso” (6.3).
Este Nome Poderoso deve ser anunciado em toda a terra: 9.16. O “Senhor é o seu nome” (15.3). Não se pode falar do Nome sem a consciência de quem Ele é: 20.7.
Ele é o “Deus dos hebreus” (3.18). O Deus Libertador identifica-se com os escravos hebreus. É o Deus que “experimenta” o sofrimento dos oprimidos: 2.25. Deus se apresenta como o Deus “que te tirei da terra do Egito, da casa da escravidão” (Êx 20.2).
Ele é o Deus que coloca sobre nós o Nome que está acima de todo o nome. Ele compartilha conosco o seu Nome e concede-nos um nome.
Portanto, o nome evoca identidade e particularidade. O nome diz respeito a você. Se só existisse você no mundo, ainda assim Deus enviaria Seu Filho para morrer por você.
Mas, nesses primeiros versos de Êxodo, lemos um conjunto de nomes. Êxodo fala de nomes (plural). O nome evoca uma identidade particular. Mas Êxodo agrupa nomes. Cada nome relaciona-se a um coletivo. Há laços familiares que ligam um nome ao outro. E todos os nomes são unidos por um único nome: “filhos de Israel”. É a comunidade exodal. É a comunidade exodal.
A páscoa cristã também surge numa comunidade. í€ mesa, 12 homens e o Mestre. O embrião da comunidade cristã. Deus quer abençoar você numa coletividade, no Corpo de Cristo.